barrinha

sábado, 17 de abril de 2010


Minha Criança.... Sarinha.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A criança e o brincar


Quem nunca brincou???

Todo ser humano tem o direito de se divertir. Cada um de nós em nossa infância tivemos o prazer de se divertir, jogar, brincar, cantar... A criança tem a necessidade de expressão, e por meio da brincadeira elas podem se expressar de todos os modos possiveis: imitando, dançando, cantando...

Amo brincar. E Você???



BRINCAR: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO E IMPORTÂNCIA NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL


Cleide Inácio Teixeira BELONI

O presente texto trata da reflexão acerca da importância do brincar para o desenvolvimento infantil, buscando uma melhor compreensão de sua relevância nos aspectos educacional, cognitivo e social, bem como o reconhecimento de seu valor na formação do ser humano e na práxis pedagógica no cotidiano escolar.
O objetivo deste texto é proporcionar a ampliação dos conhecimentos sobre a importância do brincar para o desenvolvimento da criança enquanto atividade humana e o reconhecimento do valor do lúdico na formação do ser humano, possibilitando uma reflexão sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil.

CONCEITUANDO E REFLETINDO SOBRE O BRINCAR

O termo brincadeira é utilizado, quando se fala das relações sociais, para se designar alguma ação cujo objetivo claro é divertir. Nesse caso, incluem-se os gracejos, as piadas, os trocadilhos e outras ações do gênero.
As brincadeiras de crianças também podem ser educativas. Brincadeiras com regras pré-estabelecidas e com objetivos, estimulam a responsabilidade, a disciplina, entre outros valores sem que as crianças se sintam obrigadas a cumprir. As responsabilidades na vida da criança irão favorecer o seu convívio na sociedade.
Além do conhecimento de uma maneira espontânea, as brincadeiras trazem vantagens em todas as etapas da vida das crianças. O desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora, o estimulo da imaginação e das habilidades das podem ser trabalhadas nas brincadeiras independente da faixa etária das crianças.
Chama-se de brincadeira de mau gosto àquela em que quem a faz procura fazer graça às custas de outrem, que pode estar presente ou não ou, ainda, citando situações que devem ser levadas a sério, geralmente merecedoras de pena ou reflexão.
Vemos hoje uma grande preocupação com a formação da criança. Pais e educadores buscam meios de torná-las responsáveis, equilibradas, atenciosas, porém, às vezes, esquecem-se de que o brincar pode ser uma ferramenta para que a criança desenvolva essas qualidades, já que brincar é muito mais que um ato de aprendizagem. Somente a informação não basta aos gestores, educadores e pais. É necessária a formação, o esclarecimento de determinados conhecimentos para que o entendimento possa transcender os paradigmas e para que novos horizontes sejam descobertos para o melhor desenvolvimento de nossas crianças e, conseqüentemente, de nossa sociedade.
O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Através das brincadeiras, a criança pode desenvolver algumas capacidades importantes, tais como: a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade, a cultura na qual vivem, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando regras e papéis sociais. Podemos dizer que nas brincadeiras as crianças podem ultrapassar a realidade, transformando-a através da imaginação. Pela brincadeira expressam o que teriam dificuldades de colocar em palavras.
Mesmo brincando espontaneamente a criança não está brincando apenas para passar o tempo, já que sua escolha é motivada por razões e reações íntimas, desejos, problemas e ansiedades. O que ocorre em sua mente é o que determina suas atividades e o brincar é sua linguagem secreta, a qual devemos respeitar mesmo se a não entendermos.
“Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos,(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, BRASIL, 2001, p.28)”.
A criança, quando brinca, potencializa e praticam os quatro pilares da educação como forma integral de desenvolvimento já que, através das brincadeiras, a criança aprende a conhecer, aprende a fazer, aprende a conviver e aprende a ser.
A intervenção do educador durante as brincadeiras realizadas pelas crianças nas instituições escolares é de suma importância, mesmo que seja no brincar espontâneo, já que o professor deve oferecer materiais, espaço e tempos adequados para que a brincadeira ocorra em sua essência. O adulto também pode estimular a imaginação das crianças, despertando idéias, questionando-as para que busquem soluções para os problemas que surgirem, assim como também pode brincar junto com as crianças, partilhando das sensações e reações das crianças neste momento singular de seu desenvolvimento, podendo até mesmo contar às crianças como ele próprio brincava, do que brincava e do que gostava de brincar quando tinha a mesma idade que elas, estimulando assim a imaginação das crianças e servindo de modelo.
Na escola, a criança também encontra a necessidade de brincar, de se envolver nas brincadeiras, pois assim ela estará inserida ao grupo no qual auxiliará em sua socialização.
Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor.
A atividade lúdica é uma das formas pelas quais a criança se apropria do mundo, e pela qual o mundo humano entra em seu processo de constituição enquanto sujeito histórico. Conforme afirma VYGOTSKY (1991) o brinquedo não é o aspecto
predominante da infância, mas é um importante fator para o desenvolvimento.
Portanto, observa-se que brincar não significa simplesmente recrear-se, isto porque é a forma mais completa que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo.


Texto utilizado em coordenação para debate entre professores, escolhido por

Erika Andrielle e Fabiana de Castro em Abril de 2008.